Segunda-feira, 27 de Novembro de 2006
Mergulhe-se o Papa numa tina cheia de provocações aos muçulmanos.
Peça-se no entanto a tolerância dos moderados
Retire-se o Papa
Deixe-se secar
Introduza-se de novo o mesmo Papa numa tina de laicos plenos de tolerância.
Peça-se no entanto a opinião de Bush que, entretanto falou com Deus.
Dois minutos após, pergunte-se ao próprio que provavelmente dirá algo como:
Mal interpretado, apenas citei palavras de...
Se a luzinha acender no verde...
Sim senhor!
Pode a Turquia ser mais um dos euros.
Com tanta coisa assim,
creio que devíamos turistar por um
dos mais sedutores Países.
A Turquia
Ó meu estimado
Sei que deves estar a jantar.
Nem te queria incomodar, mas...
Tu não achas que a visita do Papa à Turquia
é ou não,
um teste tão simples como:
A Turquia entra ou não na CEE?
Vamos ver
Foi um dia de estranho medo.
Lembras-te meu amigo?
Quando soubemos da queda do regime
democrata de Salvador Allende... desolados.
A resistência até ao fim.
A morte.
Depois, veio a noticia da prisão de muita gente.
O encarceramento num estádio de futebol.
Foi terrível e chocante saber da tortura sobre Vítor Jara.
Nunca nos esqueceremos.
O tempo passou, passou,
até ao dia de hoje em que me encontro,
e ouço em noticia de ultima hora:
Augusto Pinochet foi detido.
Não me ponho aos saltos
por pudor que a distância provoca,
nem com sorrisos tardios de tão tarde
e só agora... que a morte o espreita já a seguir.
Triste fico porque as mãos de Vítor Jara,
por este bandido foram silenciadas.
A puta que o pariu.
Desculpa-me a linguagem mas não me
chega a educação cristã,
até porque desta maneira,
Deus... vai existindo.
Ou então, a derrota de Bush começa a fazer bons estragos.
Alguma coisa tem de ser.
Sexta-feira, 24 de Novembro de 2006
Tirei as botas, o relógio, o cachucho, o portátil.
A coisa não apitou.
Estava de regresso às terras do nosso majestoso...
Gil... J...
005
O Q. Tem sempre razão.
Às vezes é bom ser insolente.
Como um cheiro intenso que apesar da provocação,
se transforma numa suave companhia.
Inebriante e tranquilo.
Por isso, qualquer suspeita sobre mim seria imaginação.
Ao passear o meu ar ensaiado de director
da Vogue...
Jamais seria descoberto.
Lá está meu querido amigo.
Desopilei daqui como mandam as regras da boa
sanidade, quando se pode, a bem de ver.
Ir e voltar.
Fantástico é mesmo entrar em casa e gostar disso mesmo.
Um guerreiro volta ao acampamento para sarar as feridas
do desencontro das setas desviadas pelo vento acidental.
Algo misterioso, sei.
Afasto-me nós um pouco e logo nos vejo.
Estranhos, nós, os do fado mas não fadistas.
As horas do tempo bem que nos tramaram.
Tomaram conta de tudo, levaram-nos.
Encontrei por lá Portugueses que não precisam de votação nem de medalhas para serem úteis ao Planeta.
Londres e Lisboa
O que há de comum?
Nós, enquanto cá e lá estivermos.
Sexta-feira, 17 de Novembro de 2006
Esta noite, às 22h, no Olga Cadaval, em Sintra.
Quarta-feira, 15 de Novembro de 2006
Meu estimado amigo
Como vais?
Ouvi as ultimas do mundo
pela voz inconfundível de Sena Santos no podcast assinado por ele mesmo.
Se já lhe seguia o rasto quando na antena 1,
Agora saúdo a sua aparição em terras de aqui.
Um mestre.
É então que me ocorre o artigo de M.S.Tavares
no passado Expresso, onde o autor, diga-se com total razão, indignado pela cobardia do autor anónimo da calunia de suposto plágio, decide colocar os blogues à luz da mesma verdade:
É tudo mau.
Se pensasse o mesmo diria por linhas direitas que,
à razão de Sena Santos, todas as edições em podcast,
são todas sem excepção igualmente muito boas!
Por vezes, todos nós , toldados pela verdade que nos assiste, erguemos a espada e....
Vai de embute!
Segunda-feira, 13 de Novembro de 2006
Pode ser que tu me ajudes
estimado amigo meu
Duas semanitas atrás, fui ver um concerto
no grande auditório da fundação Gulbenkian,
e esta noite, fui um dos contemplados no ritual de
Mr. Jarrett no CCB
Se no primeiro, o público presente mostrou estar perfeitamente dentro e silenciosamente interessado,
no segundo caso, o publico apresentou-se algo
desconfortável e desconfiado pela desconfiança
do artista Jarrett marcado pela experiência abisbílica
que foi o desconcerto do coliseu antigo no tempo em que se podia fumar.
Por fim um final feliz.
Um grande pianista e um público absolutamente fantástico, que se pudesse nem sequer respirava, tal o incomodo...
Ficou provado que a doença de que enfermam os Portugueses é normal e afinal de contas, solidária e afectiva...
Quando um Português assobia, forma-se um coro.
Quando alguém tosse, aparece logo um parceiro que diz:
- Não Não! Aqui quem tosse sou eu, e por aí fora..
Finalmente entendo o fenómeno:
A tosse é uma espécie de nervoso miudinho que aparece na intimidade do silêncio.
Em suma, somos um todo em que tudo se pega e transmite.
Fazemos questão e na decisão da denuncia do incómodo dizemos todos:
Ai de quem tossir!
Quando era pequenito lutava por um lugar no pódio da escola.
Ganhava quem chegava mais longe.
Quarta-feira, 8 de Novembro de 2006
Hoje é um grande dia para a humanidade.
O inicio da derrota da administração Bush.
VIVA!
Terça-feira, 7 de Novembro de 2006
Estimado amigo
Cheguei há pouco do Chico no Coliseu de Lisboa.
Digo-te:
Inteligência pura.
Em cada texto cantado, desenrola-se uma trama enorme
em apenas 2 ou 3 minutos no máximo.
Sem repetições ou aproveitamentos até à náusea
de refrões do universo pop, é um fenómeno contra uma
corrente de tempos basicamente básicos, e atenção que não disse o inacreditável:
“ adoro esse Pais maravilhoso “
A minha vénia amigo Chico.
O homem Sadam pode ser tudo aquilo
de que é acusado e ainda mais,
um filho da puta acabado do mais refinado,
um agente a soldo e armado pelo mesmo ocidente
que o condena e mata agora.
As democracias lavam assim as suas consciências,
num rio de água suja pelo lixo americano.
Como não defendo a pena de morte,
faz-me confusão, ser confundido sem sucesso,
por uma condenação sem timing, por um tribunal aparentemente civil.
Não convence.
Como é que se digere, os sucessivos bombardeamentos,
com base em provas infundadas?
Vou ali e já venho.
Um abraço
Quinta-feira, 2 de Novembro de 2006
Ih há quanto tempo...
Tenho saudades de uma boa discussão.
O pessoal anda um pouco amorfo ou é
só impressão minha?
É claro que sabe muito bem questionar as opções de Fernando neste dia de Santos.
Mas... só isso?
Entretanto as notícias chegam tristes:
Fabricas encerradas, acidentes, doenças, perigos ambientais, ignorância, atraso, gente retrógrada.
Por isso ocorreu-me que irias gostar deste poema
que a Fil vai interpretar à sua maneira neste próximo CD.
O poema leva-nos a um novo PREC- período razoavelmente estúpido e comum.
ESTA GENTE/ ESSA GENTE
O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente
Gente que seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente
Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente
Gente que enterre o dente
que fira de unhas e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente
O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente
Ana Hatherly
Um abraço meu querido amigo.
Aguenta-te à bronca.